quarta-feira, 21 de abril de 2010

P2 (a) - Revisão: Língua e Linguagens (1º ano - EM)

Atenção, gente! Aqui vão algumas dicas sobre os conceitos de linguagens e língua, que ajudarão na P2 (1º período) de Língua Portuguesa do 1º ano do Ensino Médio.

1- LÍNGUA: é um tipo de código de uso coletivo, que serve a uma nação, a um povo, a uma determinda cultura para que haja comunicação entre as pessoas que compreendem suas leis combinatórias de seleção e exclusão de fonemas, letras, palavras, frases, orações, períodos etc.
EXEMPLOS: a Língua Grega, o Latim, a Língua Portuguesa, a Inglesa, Francesa, o Esperanto, a Libra (sinais para deficientes auditivos e linguísticos).
2- LINGUAGENS: como sabemo sabemos, há, no mundo, vários tipos de linguagens. Eis alguns tipos delas:
a- Linguagem verbal: nela é usada apenas palavras (de todos os tipos) que podem ser ESCRITAS ou FALADAS.
b- Linguagem não-verbal: nela é usada apenas imagens, gestos, movimentos (desenhos, pinturas, sinais, dança etc.).
c- Linguagem mista: nesse tipo de linguagem são empregadas tanto a linguagem verbal quanto a linguagem não-verbal (reveja os tipos "a" e "b" acima).
d- Linguagem digital: combina todas as outras linguagens, além de inserir recursos próprios do mundo tecnológico. É só pensarmos em celulares, internet, blogs, computador, video-games etc.
Obs.: Gente, não deixe de estudar esses conceitos colocados aqui, pois há alunos que não se saíram bem na P1 porque não estudaram ou não levaram a sério os conteúdos exigidos. Portanto, estude, Gente!!!

terça-feira, 20 de abril de 2010

P2 (b) - Revisão : Intertextualidade, interdiscursividade e paródia (1º ano - EM)

Atenção, gente! Os exercícios abaixo servem como revisão para a P2. Deixei os das páginas 114 e 115 (dados em aula no dia 20/04) para corrigirmos um pouquinho antes da prova em 27/04/2010, forçando-os a fazê-los com mais afinco. Estudem!!!

1- Leia os dois fragmentos dos poemas abaixo e responda ao que se pede.

Violões que choram... (Cruz e Sousa-séc. XVIII)
Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.

Violoncelo (Camilo Peçanha-séc. XIX)
Chorai, arcadas
Do violoncelo!
Convulsionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...
a) Segundo o conceito de intertextualidade, podemos dizer que o segundo poema tem relação com o primeiro? Justifique.

R.: Sim, pois os dois textos possuem o mesmo tema e dialogam com o mesmo conteúdo; o 2º poema é inspirado no 1º.

b) Podemos dizer que, neles, a interdiscursividade não está presente? Justifique.

R.: Não. Porque o discurso, o assunto abordado é semelhante; e isto apresenta ao mesmo tempo visões de mundo parecidas e próprias, mas que se distanciam por causa das épocas diferentes em que os versos foram escritos.

c- Como pode ser visto O conceito de paródia nos poemas lidos?
R.: O 2º poema é, de fato, posterior ao 1º. São de séculos diferentes; evidenciando que o 2º "imita" o 1º, mas não de modo satírico (irônico). Então não há paródia.
Obs.: Paródia - obra que imita satiricamente o tema e/ou a linguagem de uma outra.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Os precedentes da Semana de Arte Moderna (1922)






Os primórdios da arte moderna no Brasil

Em 1913, estivera no Brasil, vindo da Alemanha, o pintor Lasar Segall. Realizou uma exposição em São Paulo e outra em Campinas, ambas recebidas com uma fria polidez. Desanimado, Segall seguiu de volta à Alemanha, só retornando ao Brasil dez anos depois, quando os ventos sopravam mais a favor.

A exposição de Anita Malfatti em 1917, recém chegada dos Estados Unidos e da Europa, foi outro marco para o Modernismo brasileiro.

Todavia, as obras da pintora, então afinadas com as tendências vanguardistas do exterior, chocaram grande parte do público, causando violentas reações da crítica conservadora.

A exposição, entretanto, marcou o início de uma luta, reunindo ao redor dela jovens despertos para uma necessidade de renovação da arte brasileira.

Além disso, traços dos ideais que a Semana propunha já podiam ser notados em trabalhos de artistas que dela participaram (além de outros que foram excluídos do evento).

Desde a exposição de Malfatti, havia dado tempo para que os artistas de pensamentos semelhantes se agrupassem.

Em 1920, por exemplo, Oswald de Andrade já falava de amplas manifestações de ruptura, com debates abertos.

A semana de 22


A semana de 1922

A Semana, de uma certa maneira, nada mais foi do que uma ebulição de novas ideias totalmente libertadas, nacionalista em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão. Não se tinha, porém, um programa definido: sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir um único ideal moderno.
13 de fevereiro (Segunda-feira) - Casa cheia, abertura oficial do evento. Espalhadas pelo saguão do Theatro Municipal de São Paulo, várias pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio por parte do público. O espetáculo tem início com a confusa conferência de Graça Aranha, intitulada "A emoção estética da Arte Moderna". Tudo transcorreu em certa calma neste dia.
15 de fevereiro (Quarta-feira) - Guiomar Novais era para ser a grande atração da noite. Contra a vontade dos demais artistas modernistas, aproveitou um intervalo do espetáculo para tocar alguns clássicos consagrados, iniciativa aplaudida pelo público. Mas a "atração" dessa noite foi a palestra de Menotti del Picchia sobre a arte estética. Menotti apresenta os novos escritores dos novos tempos e surgem vaias e barulhos diversos (miados, latidos, grunhidos, relinchos…) que se alternam e confundem com aplausos. Quando Ronald de Carvalho lê o poema intitulado Os Sapos de Manuel Bandeira, (poema criticando abertamente o parnasianismo e seus adeptos) o público faz coro atrapalhando a leitura do texto. A noite acaba em algazarra. Ronald teve de declamar o poema pois Bandeira estava impedido de fazê-lo por causa de uma crise de tuberculose.
Importantes figuras do modernismo, em 1922 (veja a foto acima): Mário de Andrade (sentado), Anita Malfatti (sentada, ao centro) e Zina Aita (à esquerda de Anita).17 de fevereiro (Sexta-feira) - O dia mais tranquilo da semana, apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários músicos. O público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um calo inflamado…
Desdobramentos

Vale ressaltar, que a Semana em si não teve grande importância em sua época, foi com o tempo que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século. Devido à falta de um ideário comum a todos os seus participantes, ela desdobrou-se em diversos movimentos diferentes, todos eles declarando levar adiante a sua herança.

Ainda assim, nota-se até as últimas décadas do Século XX a influência da Semana de 1922, principalmente no Tropicalismo e na geração da Lira Paulistana nos anos 70 (Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, entre outros). O próprio nome Lira Paulistana é tirado de uma obra de Mário de Andrade.

Mesmo a Bossa Nova deve muito à turma modernista, pela sua lição peculiar de "antropofagia", traduzindo a influência da música popular norte-americana à linguagem brasileira do samba e do baião.

Entre os movimentos que surgiram na década de 1920, destacam-se:

Movimento Pau-Brasil
Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta
Movimento antropofágico

A principal forma de divulgação destas novas ideias se dava através das revistas. Entre as que se destacam, encontram-se:

Revista Klaxon
Revista de Antropofagia